[Intro] (Instrumental) Ah Hm Ah [Verse 1] Caneta desenha no ar, risco no chão da cidade Cada esquina sussurra versos sem piedade Não preciso de palco, meu microfone é a calçada Verdade não pede licença, invade e não é convidada [Hook] O coração bate em código, ninguém decifra igual Mulher com fome de mundo, mas cheia de ideal Funk na veia, rap na espinha, história sem final Enquanto o grave sacode, eu gravo meu sinal [Verse 2] Meu salto marca ritmo onde outros só tropeçam Verso afiado corta névoa, minha voz não se encolhe Do beco ao centro, ecoa o que ninguém quis dizer Mas eu digo com melodia, pra doer e também vencer [Verse 3] Nuvem de fumaça tenta apagar meu rastro Mas cada letra brilha mais que poste no desastre Escrevo contra o vento, contra o tempo, contra o medo Meu nome vira lenda no muro do segredo [Hook] O coração bate em código, ninguém decifra igual Mulher com fome de mundo, mas cheia de ideal Funk na veia, rap na espinha, história sem final Enquanto o grave sacode, eu gravo meu sinal [Verse 4] Ninguém me ensinou a regra, então criei meu compasso Minha dor vira compasso, meu grito vira traço Na parede do abandono, pinto futuro com giz Cada traço é promessa que o silêncio não diz [Bridge] Cada linha é um grito calado há muito tempo Cada rima, um mapa do que ainda não é completo Raiz na lama, flor no concreto, eu persisto Meu peito é caixa de som do que o mundo insiste em omitir [Hook] O coração bate em código, ninguém decifra igual Mulher com fome de mundo, mas cheia de ideal Funk na veia, rap na espinha, história sem final Enquanto o grave sacode, eu gravo meu sinal [Outro] (Instrumental)