[Verse 1] O céu clareia devagar sobre o concreto cansado Mas meus pés já marcaram este chão com suor e cuidado Não carrego troféu, só as marcas do que superei Cada queda virou mapa, cada grito virou fé Já vi promessas virarem pó na palma da mão Mas aprendi que raiz forte brota mesmo sem chão E se hoje eu levanto, não é por vingança ou glória É porque alguém precisa ver: a luz volta à história [Hook] Enquanto eu andar, o mundo não para Meu peito é tambor pra quem perdeu a cara A vitória não é chegar, é não desaparecer É continuar quando tudo insiste em cair Enquanto eu respirar, sigo erguendo a bandeira Do que não se rende, do que insiste em ser inteiro Mesmo sem aplauso, mesmo sem ninguém vendo Eu sigo — porque o movimento é meu tempo [Verse 2] Troquei discursos vazios por gestos silenciosos Por acordar antes do sol pra preparar o caminho dos outros Se a dor bate à porta, eu ofereço café quente Porque sei que força de verdade nasce na corrente Do olhar que se encontra no meio do desespero Do abraço que segura sem pedir explicação primeiro Não preciso de palco, só de espaço pra crescer E mostrar que o impossível é só o que não tentou viver [Hook] Enquanto eu andar, o mundo não para Meu peito é tambor pra quem perdeu a cara A vitória não é chegar, é não desaparecer É continuar quando tudo insiste em cair Enquanto eu respirar, sigo erguendo a bandeira Do que não se rende, do que insiste em ser inteiro Mesmo sem aplauso, mesmo sem ninguém vendo Eu sigo — porque o movimento é meu tempo [Outro] Um passo Depois outro Sem pressa Mas sem parar (Enquanto houver ar) Eu sigo (Sempre em frente)