Sob o clarão da lua alta no terreiro O violeiro senta quieto, companheiro Fecha os olhos, sente o frio da madrugada E pede à lua uma moda bem rimada Cordas dedilham feito reza de esperança Cada acorde devolve a força de criança A lua escuta, branca, firme no sertão E derrama luz nas veias do seu coração Ah lua serena, clareia esse chão Ilumina a trilha desta minha inspiração Traz o verso manso, traz a canção Pra eu cantar pro mundo a voz desse meu sertão O vento passa, leva longe a melodia Que nasce simples como o cheiro da terra fria A lua acena, como quem diz pode ir Que onde tiver saudade a moda há de florir Ah lua serena, clareia esse chão Ilumina a trilha desta minha inspiração Traz o verso manso, traz a canção Pra eu cantar pro mundo a voz desse meu sertão Ah lua serena, clareia esse chão Ilumina a trilha desta minha inspiração Traz o verso manso, traz a canção Pra eu cantar pro mundo a voz desse meu sertão