RITMO DO PROTESTO
(Projeto: O Coração Bate)
[Verse 1]
Caminho sob o brilho do poste quebrado,
Meus passos desenham mapas no chão molhado.
Ninguém me vê, mas eu sinto cada olhar,
Preso entre o que eu fui… e o que ainda vou deixar.
O vento corta histórias nas paredes da cidade,
Grafites falam verdades que ninguém teve coragem.
Entre sombras e sirenes, sigo sem disfarce,
Sou silêncio em movimento, difícil de parar-me.
[Hook / Refrão]
Eu não corro, eu avanço,
Com cada batida do meu compasso.
O asfalto vibra sob meu peso,
Esse ritmo é meu protesto.
Eu não corro, eu avanço,
Cada passo escreve o processo.
Se a cidade tenta me engolir,
Eu respondo em verso.
[Verse 2]
As luzes piscam como códigos antigos,
Sussurram verdades que já não são castigo.
O medo já falou alto, hoje fala baixo,
Aprendi que cair também faz parte do traço.
Carrego cicatrizes, mas não como correntes,
São marcas de quem viveu de forma consciente.
Sou raiz que cresce onde disseram “não dá”,
Concreto tenta sufocar, mas não sabe parar o ar.
[Hook / Refrão]
Eu não corro, eu avanço,
Com cada batida do meu compasso.
O asfalto vibra sob meu peso,
Esse ritmo é meu protesto.
[Verse 3 – NOVO | mais rap, mais flow]
O tempo tentou me moldar no formato do erro,
Mas eu fiz do improviso a base do meu império.
Entre relógios quebrados e promessas vazias,
Descobri que a fé sobrevive mesmo em dias frios.
Não grito pra ser ouvido, eu ecoo por essência,
Cada linha que eu solto carrega resistência.
Se o sistema fecha portas, eu abro passagem,
Meu corpo é presença, minha mente é mensagem.
[Bridge]
O silêncio grita mais alto que antes,
Mas aprendi a ouvir sem perder a dianteira.
Minha voz não pede, ela declara,
Mesmo quando o mundo desacelera… ou para.
Respira.
O coração ainda bate.
Enquanto bate, ainda existe caminho.
[Verse 4 – NOVO | poético, emocional, construção final]
Não é sobre vencer correndo na frente,
É sobre não parar quando tudo mente.
Aprendi que esperança não faz barulho,
Ela cresce quieta, mesmo no escuro.
Se amanhã perguntar quem eu fui,
Direi: alguém que não desistiu.
Transformei passos em pulsação,
E fiz do ritmo… minha direção.
[Hook / Refrão – FINAL | mais forte]
Eu não corro, eu avanço,
Com cada batida do meu compasso.
O asfalto vibra sob meu peso,
Esse ritmo é meu protesto!
Eu não corro, eu avanço,
Mesmo quando o mundo diz “retrocesso”.
Enquanto o coração bate no peito,
Meu ritmo… é manifesto.
[Outro – Sub-bass fade + synth distante]
(Grave desacelerando)
Passos se afastam…
Mas o pulso fica.
Enquanto o coração bate…
O protesto continua.