METANOL LISÉRGICO (A ÚLTIMA PEREGRINAÇÃO)

2 hours agoAria v1
A estrada não é de asfalto, é de nervos e veias, Um caminho sinuoso onde a lucidez definha. Deixei a luz para trás numa curva cega, Rumo ao coração da névoa que me entrega. O destino não é um lugar, é um estado de queda, Onde o demônio da garrafa sussurra na minha queda. Cada poste é uma vértebra da minha espinha, Nesta jornada onde a morte não termina,apenas inclina. OHHH, NA ESTRADA DA MORTE, METANOL LISÉRGICO! O meu cavalo de aço é um coração elétrico! OHHH, NA ESTRADA DA MORTE, NÃO HÁ VOLTA! Só resta o brilho alucinado desta revolta! METANOL LISÉRGICO! A PERDIÇÃO QUE GUIA! A última fronteira que o dia-a-dia fugia! METANOL LISÉRGICO! A ESTRADA SEM FIM! Queima os olhos,mas mostra o que há para além do jardim! Viagens dimensionais num gole de aguardente, As paisagens se dobram,o tempo é decadente. As estrelas são manchas no vidro do carro, O ar é pesado,um cheiro de barro e de faro De uma verdade tão feia,tão crua e tão vasta, Que só é suportável quando a consciência se gasta. OHHH, NA ESTRADA DA MORTE, METANOL LISÉRGICO! O meu cavalo de aço é um coração elétrico! OHHH, NA ESTRADA DA MORTE, NÃO HÁ VOLTA! Só resta o brilho alucinado desta revolta! O tanque está vazio,mas o motor ainda rugiu. O último poste passou,a estrada... se dissolveu. Não há mais asfalto,só o vazio primordial, E o gosto do líquido,meu rito funeral. METANOL LISÉRGICO! A ESTRADA ACABOU! NO PRECIPÍCIO ONDE A MENTE DESABOU! METANOL LISÉRGICOOOOOO! A JORNADA É O FIM! ME LEVA,ESTRADA, PRA ONDE NUNCA HOUVE FIM! A estrada...é a morte... A morte...é a estrada... Lisérgico...