A estrada não é de asfalto, é de nervos e veias,
Um caminho sinuoso onde a lucidez definha.
Deixei a luz para trás numa curva cega,
Rumo ao coração da névoa que me entrega.
O destino não é um lugar, é um estado de queda,
Onde o demônio da garrafa sussurra na minha queda.
Cada poste é uma vértebra da minha espinha,
Nesta jornada onde a morte não termina,apenas inclina.
OHHH, NA ESTRADA DA MORTE, METANOL LISÉRGICO!
O meu cavalo de aço é um coração elétrico!
OHHH, NA ESTRADA DA MORTE, NÃO HÁ VOLTA!
Só resta o brilho alucinado desta revolta!
METANOL LISÉRGICO! A PERDIÇÃO QUE GUIA!
A última fronteira que o dia-a-dia fugia!
METANOL LISÉRGICO! A ESTRADA SEM FIM!
Queima os olhos,mas mostra o que há para além do jardim!
Viagens dimensionais num gole de aguardente,
As paisagens se dobram,o tempo é decadente.
As estrelas são manchas no vidro do carro,
O ar é pesado,um cheiro de barro e de faro
De uma verdade tão feia,tão crua e tão vasta,
Que só é suportável quando a consciência se gasta.
OHHH, NA ESTRADA DA MORTE, METANOL LISÉRGICO!
O meu cavalo de aço é um coração elétrico!
OHHH, NA ESTRADA DA MORTE, NÃO HÁ VOLTA!
Só resta o brilho alucinado desta revolta!
O tanque está vazio,mas o motor ainda rugiu.
O último poste passou,a estrada... se dissolveu.
Não há mais asfalto,só o vazio primordial,
E o gosto do líquido,meu rito funeral.
METANOL LISÉRGICO! A ESTRADA ACABOU!
NO PRECIPÍCIO ONDE A MENTE DESABOU!
METANOL LISÉRGICOOOOOO! A JORNADA É O FIM!
ME LEVA,ESTRADA, PRA ONDE NUNCA HOUVE FIM!
A estrada...é a morte...
A morte...é a estrada...
Lisérgico...