A Canção da Despedida Silenciosa

Levi Reis
8/30/2025Aria v1
(Introdução - voz calma, quase um sussurro) O palco se acende, a noite cai E o eco da tua voz ainda me trai. Promessas na brisa, um beijo no adeus O que restou da gente, somos só nós, e Deus. Essa sala vazia é o retrato do que fomos, Um livro de poemas sem versos, sem tomos. E eu, o espectador da minha própria história, Buscando em cada nota, a tua memória. (Verso 1 - A Descoberta do Amor) Lembro da primeira vez que te vi, O mundo parou, o tempo se perdeu. Teu sorriso era o sol, a lua, a estrela, A bússola que me guiava, a minha tela. Pintávamos o mundo com cores de alegria, E cada dia era uma nova poesia. Juntos, éramos um, um só coração, Acreditando que o amor era a única razão. As mãos dadas, o calor na palma da mão, A certeza de que era a nossa direção. Você foi a resposta que eu não sabia que procurava, A música que minha alma tocava. (Verso 2 - A Decepção Silenciosa) Mas as cores desbotaram, o som se esvaiu, O silêncio entrou e o abraço fugiu. As palavras viraram pontes, mas só de um lado, E o caminho que seguíamos se tornou um atalho. Sua ausência era um eco, a distância, um oceano, E eu, na margem, tentando ser humano. As promessas viraram cinzas, o calor, um frio, E o que foi um rio de amor, secou e virou um vazio. O coração, que antes cantava, agora estremece, E a melodia do nosso amor já nem me pertence. Você foi o veneno disfarçado de remédio, A cura que me trouxe todo o tédio. A faca que rasgou, a ferida que não sara, A mentira que a minha alma encara. (Refrão - A Dor da Despedida) Adeus, palavra amarga, que sufoca, que machuca, A última canção de um amor que se desencaixa. Em cada lágrima, um adeus que não foi dito, Em cada suspiro, um sonho que foi ferido. Adeus, não é o fim da história, é o início da dor, O ponto final de um conto sem amor. E a cada passo, o meu peito se esvazia, A luz do mundo se apaga, vem a noite fria. (Ponte - A Aceitação e a Força) Eu preciso te deixar ir, não por falta de amor, Mas por excesso de dor. Eu preciso me encontrar, me reescrever, me recriar, E do nosso passado, apenas me lembrar. Não como uma ferida, mas como uma lição, De que a maior batalha é a de aceitar a solidão. E se a vida é uma peça, eu não vou mais esperar, Pela tua entrada para poder continuar. Eu sou a minha própria estrela, meu próprio farol, Eu sou o meu inverno, meu outono, meu sol. (Outro - A Resiliência) Ainda te vejo em cada esquina, em cada canção, Mas a melodia agora é a da minha superação. Eu sei que a dor um dia vira calmaria, E que as feridas curam, mesmo que demorem dias. E o palco se apaga, a noite se acende, E o eco da minha voz, agora me entende. Eu sou a despedida, a dor e a lição, Eu sou a canção que o mundo precisa ouvir, Sobre amar de novo, sem ter que fugir. E em cada lágrima, a força de renascer, Porque o amor é mais que apenas você. E a minha jornada continua... Mesmo sem você. Ainda... com você.