(Introdução - voz calma, quase um sussurro)
O palco se acende, a noite cai
E o eco da tua voz ainda me trai.
Promessas na brisa, um beijo no adeus
O que restou da gente, somos só nós, e Deus.
Essa sala vazia é o retrato do que fomos,
Um livro de poemas sem versos, sem tomos.
E eu, o espectador da minha própria história,
Buscando em cada nota, a tua memória.
(Verso 1 - A Descoberta do Amor)
Lembro da primeira vez que te vi,
O mundo parou, o tempo se perdeu.
Teu sorriso era o sol, a lua, a estrela,
A bússola que me guiava, a minha tela.
Pintávamos o mundo com cores de alegria,
E cada dia era uma nova poesia.
Juntos, éramos um, um só coração,
Acreditando que o amor era a única razão.
As mãos dadas, o calor na palma da mão,
A certeza de que era a nossa direção.
Você foi a resposta que eu não sabia que procurava,
A música que minha alma tocava.
(Verso 2 - A Decepção Silenciosa)
Mas as cores desbotaram, o som se esvaiu,
O silêncio entrou e o abraço fugiu.
As palavras viraram pontes, mas só de um lado,
E o caminho que seguÃamos se tornou um atalho.
Sua ausência era um eco, a distância, um oceano,
E eu, na margem, tentando ser humano.
As promessas viraram cinzas, o calor, um frio,
E o que foi um rio de amor, secou e virou um vazio.
O coração, que antes cantava, agora estremece,
E a melodia do nosso amor já nem me pertence.
Você foi o veneno disfarçado de remédio,
A cura que me trouxe todo o tédio.
A faca que rasgou, a ferida que não sara,
A mentira que a minha alma encara.
(Refrão - A Dor da Despedida)
Adeus, palavra amarga, que sufoca, que machuca,
A última canção de um amor que se desencaixa.
Em cada lágrima, um adeus que não foi dito,
Em cada suspiro, um sonho que foi ferido.
Adeus, não é o fim da história, é o inÃcio da dor,
O ponto final de um conto sem amor.
E a cada passo, o meu peito se esvazia,
A luz do mundo se apaga, vem a noite fria.
(Ponte - A Aceitação e a Força)
Eu preciso te deixar ir, não por falta de amor,
Mas por excesso de dor.
Eu preciso me encontrar, me reescrever, me recriar,
E do nosso passado, apenas me lembrar.
Não como uma ferida, mas como uma lição,
De que a maior batalha é a de aceitar a solidão.
E se a vida é uma peça, eu não vou mais esperar,
Pela tua entrada para poder continuar.
Eu sou a minha própria estrela, meu próprio farol,
Eu sou o meu inverno, meu outono, meu sol.
(Outro - A Resiliência)
Ainda te vejo em cada esquina, em cada canção,
Mas a melodia agora é a da minha superação.
Eu sei que a dor um dia vira calmaria,
E que as feridas curam, mesmo que demorem dias.
E o palco se apaga, a noite se acende,
E o eco da minha voz, agora me entende.
Eu sou a despedida, a dor e a lição,
Eu sou a canção que o mundo precisa ouvir,
Sobre amar de novo, sem ter que fugir.
E em cada lágrima, a força de renascer,
Porque o amor é mais que apenas você.
E a minha jornada continua...
Mesmo sem você.
Ainda... com você.