Flores de Concreto

3 days agoAria v1
[Intro – vocalizações suaves, femininas] Hmm… Sente isso? É daqui. (B**t entra: grave profundo, groove firme) [Verso 1 – spoken rap, firme e presente] Testa o mic… é a Camila falando com clareza Sem coroa, sem fantasia Raiz firme no chão dessa cidade inteira Tentam baixar a frequência, silenciar o som Mas minha voz atravessa onde o asfalto dá o tom Não dou ordens, não imponho nada Eu vivo o que falo — presença construída, não emprestada Olhares tortos, escutas seletivas Minha voz não implora, ela chega viva Vejo ritmo na luta, poesia na rua Cada cicatriz brilha sob a luz crua Não coleciono troféu, só ocupo meu lugar Essa selva de concreto já aprendeu a escutar [Refrão – melódico curto, firme] Eu floresço bem aqui, onde o asfalto racha Força no ritmo, sem dar pra trás Minha voz não é sussurro, é presença constante No silêncio que criaram, eu tomo meu espaço Chão firme debaixo dos pés, sigo forte Cantando minha verdade, onde eu sei que encaixo [Verso 2 – spoken rap, mais fluido] Tentam escrever minha história sem me perguntar Mas minha tinta corre do olhar que insiste em ficar Ando no meu tempo, passo firme, sincopado Integridade é bússola, caminho bem traçado Resistir não é gritar — é permanecer Persistir é seguir quando ninguém quer ver Problemas empilham, eu construo alto Continuo de pé enquanto impérios caem no asfalto Minha poesia é clara, corta o ruído Não pra ferir — pra abrir sentido Essa voz do peito não precisa berrar Ela ecoa limpa… só pra lembrar Que eu sou inteira Além do olhar superficial Essa cidade dança comigo No meu ritmo real [Refrão – reforçado] Eu floresço bem aqui, onde o asfalto racha Força no ritmo, sem dar pra trás Minha voz não é sussurro, é presença constante No silêncio que criaram, eu tomo meu espaço Chão firme debaixo dos pés, sigo forte Cantando minha verdade, onde eu sei que encaixo [Ponte – mais íntima, grave respirando] Sente o grave vibrar — fundo, essencial Como o coração da rua, pulsando real Minha identidade não é emprestada É lapidada com tempo, com calma, com estrada Não é arrogância — é consciência O valor que eu carrego vem da vivência Minha voz, minha visão, meu direito de ser Sem pedir desculpa… Eu fico de pé [Refrão Final – seguro, confiante] Eu floresço bem aqui, onde o asfalto racha Força no ritmo, sigo sem dar pra trás Minha voz não é sussurro, é presença constante Esse espaço é meu — eu fico, eu canto, eu passo [Outro – vocalizações femininas] Hmm… Flores de concreto… É daqui que eu venho. (B**t sai no grave, fade)