Pró…xi…mo…
Sombra vira a esquina…
Bass pesado… pesado… pesado…
Drift na chuva… chuva………
O motor ruge no breu, meu instinto grita primeiro,
Pneu corta a neblina, curva fecha mais ligeiro.
Luz de néon na lataria vira fantasma no espelho,
E quem tenta acompanhar só enxerga meu lampejo.
Pulso firme no volante, coração trancado em aço,
Asfalto quente respira quando eu solto mais o laço.
Vibe suja na cabeça, mundo lento no compasso,
Se o perigo vem sorrindo, eu encaro e nunca passo.
Ela surge do meu lado com aquele olhar incerto,
Sussurra “vai pro próximo”, com um tom meio deserto.
O grave bate forte e abre um túnel mais aberto,
A pista vira destino — e o destino vira o inferno.
Passo solto na pista, minha alma desconecta,
Som descendo no peito, mente sempre em “próxima”.
Farol corta a noite e a sombra não me detecta,
No drift da vida — cada curva é mais direta.
Próximo… próximo… próximo…
B**t picotado, corta o ar como lâmina sagrada,
Reverbera no asfalto, adrenalina acelerada.
Derrapo entre os prédios, deixo a rua desenhada,
Cada traço uma intenção, cada giro uma cilada.
Troco marcha na fúria, o motor vira tempestade,
Fumaça sobe densa, disfarçando a realidade.
Ela ri na minha volta, tipo chuva na cidade,
Diz “vai fundo, sem retorno” — e eu vou sem piedade.
Grave sujo no ouvido, eco sombrio que domina,
Bate junto com a alma, dobrando minha rotina.
No breu cada segundo vira nova disciplina,
Eu sigo o próximo passo, mesmo que o fim me inclina.
Passo solto na pista, minha alma desconecta,
Som descendo no peito, mente sempre em “próxima”.
Farol corta a noite e a sombra não me detecta,
No drift da vida — cada curva é mais direta.
Próximo… próximo… próximo…