[Verso 1] O relógio não avisa quando os sete dias chegam, São grãos de areia escapando, um futuro que não temos. Ninguém vê a última página escrita no ar, Vivemos como imortais, mas o fim tá sempre lá. [Pré-Refrão] Corremos atrás de aplausos, de ouro que não brilha, Pisamos em quem amamos pra subir numa montanha. Mas o eco do que somos não se apaga no vento, São as marcas que deixamos no caminho do tempo. [Refrão] Sete dias, sete noites, um sopro pra viver, O que vale a pena guardar? O que vamos esquecer? Se o amanhã é um risco, e o hoje é o que nos resta, Que a nossa música não seja só uma nota incerta. [Verso 2] Castelos na areia, orgulho que vira pó, Prisões que a gente constrói e chama de lar, então não vou. Prefiro o abraço que cura, a palavra que não falei, O perdão que ainda espera, o amor que não mostrei. [Ponte] E se a morte bater sem avisar na porta, O que levo não é nada, o que deixo é a sorte. Não quero eco de mentiras, nem vitórias de ilusão, Só uma luz que ainda queime depois da minha canção. [Refrão] Sete dias, sete noites, um sopro pra viver, O que vale a pena guardar? O que vamos esquecer? Se o amanhã é um risco, e o hoje é o que nos resta, Que a nossa música não seja só uma nota incerta. [Outro] Na areia do tempo, escrevo o que sou, Não um nome, mas um verso que o vento levou. E quando a maré vier, se apagar minha voz, Que o amor que deixei seja minha eterna luz.