[Intro] [Verse 1] Fui o homem que você sonhou, transparente e sem mentir, Entreguei cada pedaço, até o brilho se extinguir. Vivi nos trilhos do certo, sem questionar o porquê, E o desejo que queimava virou cinza dentro de mim. [Pré-Chorus] Mas o leão que rugia hoje dorme no meu peito, A coleira da rotina aprisionou seu jeito. A filosofia virou lista, o carrinho range no escuro, E a alma cansada carrega um futuro tão obscuro. [Chorus] Porque o desejo não se alimenta de regra, Vive da chama, da tensão que se agarra. O silêncio na cama é o rugido em extinção, Um leão de papel, perdendo a direção. [Verse 2] Amigos viraram poeira, hobbies só lembranças, O mundo encolheu num "só nós dois" sem esperança. Financiei um sonho que nunca foi meu, E o poder de ser eu já não nasce do céu. [Bridge] Mas um sussurro insiste: "O leão ainda respira, Enterrado, não morto, a chama ainda conspira." A coragem é a chave pra rasgar essa pele humana, Voltar a rugir na noite, ser dono da própria manhã. [Chorus] Porque o desejo não se alimenta de regra, Vive da chama, da tensão que se agarra. O silêncio na cama é o rugido em extinção, Um leão de papel, renascendo da própria tensão. [Outro]