O Coração Bate, Não Para de Bater [Verse 1] O coração bate, tambor na selva cinza Ecoa na viela, na dor que não se alisa Criança brinca no fogo, sem medo da brasa Na favela é sobrevivência, cada passo, uma casa Na curva do morro, sussurros de luta Vozes que gritam, mas ninguém escuta Teto de zinco, sonho de concreto Futuro distante, num presente inquieto [Chorus 1] O coração bate, não para de bater No compasso da vida, na força de viver Bate forte, bate fundo, pra não esquecer Que a luta é diária, não dá pra ceder [Verse 2] Nas ruas molhadas, reflexo da lua Na poça d’água, a história continua Fita amarela, cicatriz do asfalto Cada esquina, um conto, cada conto, um assalto Mente afiada, faca na cintura Sorriso no rosto, mas cheio de amargura A cidade engole, mastiga, não cospe Mas o peito resiste, mesmo que desgoste [Pre-Chorus] Olhos fechados, o som do tambor Coração que pulsa, enfrenta a dor Na batida, esperança, no silêncio, amor [Chorus 2] O coração bate, não para de bater No compasso da vida, na força de viver Bate forte, bate fundo, pra não esquecer Que a luta é diária, não dá pra ceder [Chorus 3 – variação final] O coração bate, não para de bater No compasso da vida, na força de viver Bate firme, bate alto, nunca vai esquecer Que a vida é resistência, e a esperança vai vencer