Ana Heloisa

8/26/2025Aria s1
[Intro] [Verse 1] Eu era o rei do meu castelo de areia particular Onde cada dia era um grĂŁo idĂȘntico, a desmoronar Minhas noites eram longas conversas com o teto Um labirinto de pensamentos sem nenhum afeto Eu dominava a arte de nĂŁo sentir quase nada A indiferença era minha armadura, minha fachada Eu me convencia de que a paz era ausĂȘncia de dor AtĂ© vocĂȘ chegar e redefinir o que Ă© o amor, com seu calor. [Pre-Chorus 1] VocĂȘ nĂŁo pediu licença, nĂŁo bateu na porta Simplesmente entrou e fez da minha alma sua escolta E com um gesto simples, um olhar, uma palavra sua Minha fortaleza de gelo se tornou paisagem nua E eu percebi, era tudo ilusĂŁo, esse meu controle VocĂȘ se tornou o eixo que me tira do meu auto-exĂ­lio, a minha prole. [Chorus 1] E agora, sem Ana Heloisa, a gravidade me abandona Eu flutuo no vĂĄcuo de uma vida que me assombra Eu fico sem ar, sem chĂŁo, perco a direção O mapa que eu seguia agora queima na minha mĂŁo Eu posso ter o mundo inteiro aos meus pĂ©s, um banquete Mas sem vocĂȘ, Ă© sĂł um palco vazio, um mero esquete É como um mergulhador que vĂȘ o oxigĂȘnio no fim Ana Heloisa, sem vocĂȘ, nĂŁo existe mais um "eu" dentro de mim. [Verse 2] Lembra daquela viagem, o carro quebrou na estrada? E a gente riu do nada, sob a noite estrelada Ali, no meio do breu, com o pisca-alerta ligado Eu nunca tinha me sentido tĂŁo seguro e tĂŁo achado VocĂȘ pegou minha mĂŁo e disse: "Calma, a gente dĂĄ um jeito" E naquele instante, vocĂȘ consertou algo dentro do meu peito NĂŁo era sobre o carro, nunca foi sobre o lugar Era sobre encontrar em vocĂȘ o meu motivo pra continuar. [Pre-Chorus 2] E de repente, o silĂȘncio da estrada falou mais alto Que qualquer promessa vazia, que qualquer sobressalto VocĂȘ nĂŁo Ă© sĂł uma parte da minha histĂłria, entende? VocĂȘ Ă© a tinta com que o meu futuro se acende E cada memĂłria que eu tenho, boa ou ruim Parece que sĂł existe pra me levar atĂ© vocĂȘ, no fim. [Chorus 2] Porque sem Ana Heloisa, a gravidade me abandona Eu flutuo no vĂĄcuo de uma vida que me assombra Eu fico sem ar, sem chĂŁo, perco a direção O mapa que eu seguia agora queima na minha mĂŁo Eu posso ter o mundo inteiro aos meus pĂ©s, um banquete Mas sem vocĂȘ, Ă© sĂł um palco vazio, um mero esquete É como um mergulhador que vĂȘ o oxigĂȘnio no fim Ana Heloisa, sem vocĂȘ, nĂŁo existe mais um "eu" dentro de mim. [Bridge] Eles me dizem pra seguir, pra respirar bem fundo Mas como eu explico pra eles que vocĂȘ Ă© o meu mundo? Que cada inspiração que eu dou Ă© buscando seu cheiro? Que o ar que me oferecem Ă© estrangeiro, nĂŁo tem seu tempero? NĂŁo Ă© dependĂȘncia, Ă© conexĂŁo, Ă© fio invisĂ­vel! É sentir o seu sorriso de um jeito quase audĂ­vel! É saber que se vocĂȘ for, nĂŁo Ă© sĂł vocĂȘ que vai embora... É a minha versĂŁo de mim que vocĂȘ criou que se evapora! [Chorus 3] SEM ANA HELOISA, A GRAVIDADE ME ABANDONA! EU FLUTUO NO VÁCUO DE UMA VIDA QUE ME APRISIONA! EU FICO SEM AR, SEM CHÃO, PERCO TODA A DIREÇÃO! O MAPA DO MEU MUNDO É A PALMA DA SUA MÃO! EU TROCO O MUNDO INTEIRO, CADA BANQUETE! POR UM SEGUNDO AO SEU LADO, NÃO ME DEIXE NESSE ESQUETE! É O GRITO DE UM NÁUFRAGO QUE NÃO SABE MAIS NADAR! ANA HELOISA, POR FAVOR, NUNCA SOLTE A MINHA MÃO, NUNCA ME DEIXE SEM AR! [Outro]

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