[Intro]
[Verse 1]
Sol poente sobre o sertão pintado
Sombra longa no terreiro calado
Cheiro antigo de livro e algodão
E o coração batendo em compasso de saudade
Lembranças tecem uma velha verdade
Tempo voou como vento no chão
[Verse 2]
Fitas brancas, jalecos de algodão
Riso jovem, futuro na palma da mão
Anatomia sob a lâmpada fraca
Sonhos grandes cabiam na mochila
A vida era uma longa cartilha
A esperança, uma bússola exata
[Verse 3]
Cinquenta voltas deu o relógio antigo
No mesmo chão, um reencontro amigo
Rugas contam histórias de dor e luz
Mãos que curavam, agora se apertam
Memórias vivas que o tempo não esquece
No olhar, o brilho que nunca se apagou
A turma inteira, o tempo não apagou
[Verse 4]
O estetoscópio guarda o som distante
De pulsações num ritmo constante
De plantões, de aulas, de amizade sem fim
O sertão testemunha o nosso pacto
Meia vida escrita num só fato
RaÃzes fortes que o vento não levou
[Outro]