đ” Quando Deus Fez a Gente se Cruzar đ”
(Poema de amor e destino)
Foi o acaso quem desenhou,
sem saber o que viria,
hå nove anos, Tony em serviço,
cumprindo o chamado do dia.
Na casa dela ele entrou,
sem imaginar o que ia achar,
que ali morava Noiulla,
a mulher que o céu ia lhe dar.
Num tempo de coração cansado,
sem fé, sem força pra amar,
dois mundos, tĂŁo separados,
Deus quis logo aproximar.
Tony, firme no Sandero,
ia sempre a procurar,
com um queijo e um sorriso sincero,
tentava o amor conquistar.
âBom diaâ, mandava contente,
mensagens pra encantar,
Noiulla calava o que sentia,
sem saber que era amar.
E o tempo foi tecendo manso,
com fio de eternizar,
num momento de dor e cansaço,
Deus veio pra os juntar.
As redes se bateram no vento,
as almas começaram a falar,
no silĂȘncio de um sentimento,
os coraçÔes a se escutar.
Foi dois de julho, em Ilhéus,
a princesinha Ă beira-mar,
um olhar, um doce começo,
um amor pronto pra brotar.
Vieram sonhos, vieram planos,
noivado, casa, e o luar,
no Alto Bela Vista e na piscina,
onde o amor foi descansar.
Hoje Tony e Noiulla vivem,
o que o tempo quis provar:
que até quem chega sem confiança,
aprende, sim, a amar.
E se alguém quiser saber,
como tudo veio a se formar,
basta o vento soprar baixinho:
âFoi Deus quem fez a gente se cruzar.â đ